ONU lança plano para "derrotar o vírus e construir um mundo melhor"
Para combater as devastadoras dimensões socioeconômicas da crise da COVID-19, o chefe da ONU se concentrou nos mais vulneráveis, elaborando políticas que, entre outras coisas, apoiam o fornecimento de seguro de saúde e desemprego e proteções sociais, além de fortalecer as empresas para evitar falências e perdas de empregos.
O alívio de dívidas soberanas também deve ser uma prioridade, disse António Guterres, observando que a ONU está “totalmente mobilizada” e está estabelecendo um novo Fundo Fiduciário para a Resposta e Recuperação frente à COVID-19, formado por múltiplos parceiros, para responder à emergência e promover a recuperação após o choque socioeconômico.
“Quando superarmos esta crise, o que acontecerá, teremos uma escolha”, disse. “Podemos voltar ao mundo como era antes ou lidar de maneira decisiva com os problemas que nos tornam desnecessariamente vulneráveis a crises.”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, informa a mídia sobre os impactos socioeconômicos da pandemia de COVID-19. Foto: ONU/Mark Garten
O chefe da ONU lançou nesta terça-feira (31) um novo plano para combater os impactos socioeconômicos potencialmente devastadores da pandemia de COVID-19, exortando todos a “agirem em conjunto para diminuir os efeitos sobre as pessoas”.
“A nova doença do coronavírus está atacando as sociedades em sua essência, reivindicando vidas e meios de subsistência das pessoas”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacando que os potenciais efeitos de longo prazo na economia global e nos países serão “terríveis”.
O novo relatório, denominado “Responsabilidade compartilhada, solidariedade global: respondendo aos impactos socioeconômicos da COVID-19“, descreve a velocidade e a escala da pandemia, a gravidade dos casos e as perturbações sociais e econômicas provocadas por ela.
“A COVID-19 é o maior teste que enfrentamos juntos desde a formação das Nações Unidas”, destacou o chefe da ONU. “Esta crise humana exige ação política coordenada, decisiva, inclusiva e inovadora das principais economias do mundo – e apoio financeiro e técnico máximo para as pessoas e países mais pobres e vulneráveis.”
Guterres pediu “uma resposta de saúde imediata e coordenada para suprimir a transmissão e acabar com a pandemia” que “aumente a capacidade para testes, rastreamento, quarentena e tratamento, mantendo os socorristas em segurança, combinada com medidas para restringir o movimento e o contato”.
Ele ressaltou que os países desenvolvidos devem ajudar os menos desenvolvidos, ou potencialmente “enfrentar o pesadelo de a doença se espalhar como fogo no Hemisfério Sul, provocando milhões de mortes e a perspectiva de ressurgir onde foi suprimida anteriormente”.
“Lembremos que somos tão fortes quanto o sistema de saúde mais fraco em um mundo interconectado”, enfatizou.
Foco nos mais vulneráveis
Para combater as devastadoras dimensões socioeconômicas da crise, o chefe da ONU se concentrou nos mais vulneráveis, elaborando políticas que, entre outras coisas, apoiam o fornecimento de seguro de saúde e desemprego e proteções sociais, além de fortalecer as empresas para evitar falências e perdas de empregos.
O alívio de dívidas soberanas também deve ser uma prioridade, disse ele, observando que a ONU está “totalmente mobilizada” e está estabelecendo um novo Fundo Fiduciário para a Resposta e Recuperação frente à COVID-19, formado por múltiplos parceiros, para responder à emergência e promover a recuperação após o choque socioeconômico.
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